Boa noite!
Venho por meio deste blog descrever uma prática ainda em estágio embrionário no Brasil. Embrionária pois a ideia já existe, o contato, pelo menos digital, já existe, mas a prática acontece num nível tão ínfimo que é quase inexistente.
No blog falarei sobre meus interesses
particulares, no caso, a recriação dos períodos entre os séculos
IV e XI, primariamente, ainda que eu possa comentar em algumas
postagens outros assuntos.
Primeira postagem e o assunto não
poderia ser diferente: O que é esse bendito recriacionismo?
Apesar de ser o assunto em questão, a resposta não será dada, pois é complicada de mais pra alguém ter saco de ler de uma só vez, julgo eu. Também não há como pensar num “curso” ou “aulas” de recriacionismo, por motivos que explicarei à seguir.
Apesar de ser o assunto em questão, a resposta não será dada, pois é complicada de mais pra alguém ter saco de ler de uma só vez, julgo eu. Também não há como pensar num “curso” ou “aulas” de recriacionismo, por motivos que explicarei à seguir.
Pois bem, vou começar com o simples: definições.
O Reenactment, ou “re-atuação”, é o que o nome diz, agir de forma que já foi feita antes. Parece uma descrição babaca, mas é primordial para o entendimento da prática. Sendo assim, é necessário, acima de tudo, saber como se agia para “reatuar”.
Esse conhecimento só é obtido através
de muito estudo ou pelo menos muita dedicação a levar a sério o
estudo de outros. Estudos estes que sempre podem ser questionados na
eterna dialética dos meios acadêmicos.
O recriacionismo pode ser, de modo geral, aplicado a qualquer contexto histórico. Contextos mais distantes geralmente possuem fontes escassas, mas uma maior liberdade por parte do recriacionista ou reenactor, enquanto os mais próximos são mais ricos em detalhes, mas trazem uma série de complicações, uma vez que ainda podem trazer efeitos colaterais agregados.
O recriacionismo pode ser, de modo geral, aplicado a qualquer contexto histórico. Contextos mais distantes geralmente possuem fontes escassas, mas uma maior liberdade por parte do recriacionista ou reenactor, enquanto os mais próximos são mais ricos em detalhes, mas trazem uma série de complicações, uma vez que ainda podem trazer efeitos colaterais agregados.
Para evidenciar o parágrafo anterior, existem
grupos de recriacionismo grego antigo ou da Roma clássica, ao mesmo
tempo em que ocorrem reenactments sobre a Segunda Guerra Mundial ou
guerra civil americana. Os primeiros podem até contar com inúmeras
fontes escritas e achados arqueológicos, mas sempre deixam alguns
detalhes sobre a vida naquele período um pouco enegrecidos. Os
outros são de fácil recriação e também contam com diversas
referências, mas acabam trazendo influências ideológicas que
muitas vezes são confundidas com a prática do reenactment em si e
podem gerar constrangimentos e interpretações erradas. Para deixar
claro, um reenactor que se vista como um soldado nazista de 1943
pode, involuntariamente, ser chamado de nazista de fato, ainda que
seu interesse pelo nazismo seja apenas o de um estudioso e não uma
filiação ideológica.
O recriacionismo, então, recria um período de forma voltada ao estudo. É uma prática lúdica, mas com caráter educativo, primeiramente. Portanto não há como haver uma aula rápida ou um curso, uma vez que a própria prática já é um aprendizado constante.
O recriacionismo, então, recria um período de forma voltada ao estudo. É uma prática lúdica, mas com caráter educativo, primeiramente. Portanto não há como haver uma aula rápida ou um curso, uma vez que a própria prática já é um aprendizado constante.
Apesar de tudo o que foi dito, ainda há
muito o que falar sobre essa prática, mas para um post introdutório,
acho que já é o bastante.
Para ler um pouco mais, há este breve texto na página do grupo Escudo dos Vales, do qual sou membro e fundador.
Até a próxima postagem!
Por Vinícius Ferreira Arruda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário